quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul faz esclarecimento à sociedade sobre "crise" e demissões

Se os empresários estão preocupados com o emprego, que deem estabilidade para os trabalhadores

Na opinião do Sindicato dos Metalúrgicos, os empresários de Caxias (Simecs) estão fazendo terrorismo com os trabalhadores e a sociedade: tentam fazer crer que há uma “grande crise” e dizem estar preocupados com o emprego. Porém, escondem que continuam demitindo, mas que também continuam contratando. Essa rotatividade segue um objetivo: rebaixar os salários dos metalúrgicos em nome do lucro. Só no primeiro trimestre de 2014, a diferença dos salários de quem foi colocado na rua para quem foi admitido é de - 21,3% (dados: Caged, Ministério do Trabalho e Emprego). Ou seja, quem entrou ganha menos que quem saiu. Neste período, foram admitidos 1.342,2 e demitidos 1.704,7 trabalhadores nas empresas do setor em Caxias do Sul, números muito semelhantes aos anos anteriores.

Os patrões, assim, desconhecem a realidade, o crescimento da indústria local e todos os benefícios que têm recebido do governo federal, isso é “virar o cocho”. É ficar na contramão do desenvolvimento do país.

Estabilidade já

Se é verdade que os patrões querem preservar os empregos dos trabalhadores, então aqui vai um desafio: dar estabilidade no emprego para todos os metalúrgicos! Isso sim seria uma atitude séria e realmente comprometida.

Mas os empresários de Caxias só enxergam o lucro máximo, em cima do arrocho e da pressão sobre os trabalhadores. Nos últimos anos têm obtido lucros  imensos, inclusive em 2013, ano sobre o qual se dá o dissídio. Porém, a ganância e o autoritarismo patronal têm impedido o acordo, sequer aceitam sentar para negociar. E quando o judiciário, em Porto Alegre, indicou um índice de 8% de reajuste na negociação - e já tendo o sindicato dos trabalhadores flexibilizado a reivindicação de 13,5% para 9%, os patrões mais uma vez  disseram “não” para os metalúrgicos e suas famílias.

Ataques e mentiras

Como se não bastasse, a patronal aposta na desinformação e nos ataques constantes ao Sindicato dos Trabalhadores e às suas principais lideranças. Como no caso do suposto tumulto na audiência da última sexta-feira em Porto Alegre. Nada ocorrera, mas chegaram em Caxias dizendo que teria havido quebra-quebra na reunião. Esclarecimento do próprio tribunal diz que nada houve (veja abaixo).

Unir cada vez mais a nossa luta

Mesmo diante da posição patronal que não favorece ao acordo, o Sindicato dos Metalúrgicos seguirá firme na sua luta, que é justa e faz bem a toda a sociedade.

Uma nova audiência no TRT4 está agendada para esta sexta-feira (1º), quando o Sindicato dos Metalúrgicos, por meio de seu presidente em exercício, Luis Carlos Ferreira, fará a seguinte proposta aos representantes do Simecs: se há interesse em preservar os empregos dos trabalhadores, que deem estabilidade para todos, mostrando que estão seriamente comprometidos com os metalúrgicos.  

A audiência está marcada para às 14 horas.


Confira a resposta completa às acusações feitas às lideranças do Sindicato, enviada pelo Diretor-Geral do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, Luiz Fernando Taborda Celestino, ao Dr. Pedro Maurício Pita Machado, procurador do Sindicato dos Metalúrgicos, com informações prestadas pelo Coordenador de Segurança Institucional, João Luiz Peixoto da Silva:

"Senhor Diretor:

Conforme solicitado, passo a informar:

a)      Se houve relato de “truculência” ou de “distúrbios” por parte dos metalúrgicos que realizaram manifestação na parte externa do Tribunal;
- Não houve atos de truculência ou quaisquer distúrbios relacionados às pessoas envolvidas na mediação em questão.

b)      Se houve a quebra de vidro, vidraça ou “porta de vidro”, ou dano material de outra ordem às dependências do Tribunal;

- Não houve danos ao patrimônio do Tribunal.

c)       Se houve “dano a veículo”, de propriedade do Tribunal ou particular, que ali estivesse estacionado ou em circulação;

- Não houve danos a veículos do Tribunal.

d)      Se foi por ordem da Administração do TRT ou da Exma. Sra. Vice-Presidente, solicitada presença de efetivos da Brigada Militar, e, especialmente, “do Batalhão de Choque”;

- A Brigada Militar não foi acionada pelo TRT4.

e)      Se houve, por ordem da em. Des. Vice-Presidente, “a retirada” de quem quer que fosse da sala de audiências de mediação;

- A audiência transcorreu dentro da normalidade, nenhuma pessoa foi retirada da sala de audiência.

f)        Se é de praxe o procedimento de oferecer para os representantes patronais a alternativa de saída pela guarita lateral, após as audiências de conciliação, quando há manifestação de trabalhadores frente ao prédio do Tribunal.

- A retirada de uma das partes por saída alternativa é um procedimento de segurança recomendado, que pode ser adotado com base na avaliação do cenário por parte do Assistente-chefe de operações de segurança. Este procedimento, geralmente é utilizado nos casos de manifestações em frente ao prédio-sede do Tribunal.

Respeitosamente,

João Luiz Peixoto da Silva
Coordenador da CSI"







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